segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Diva e seus súditos

Sete de fevereiro, HSBC Arena, Rio de Janeiro 40 graus, nem o calor nem a distância foram capazes de afastar os mais de 36 mil fãs da gigantesca fila para entrar no show. O que dizer dos devotos que dormiram por uma semana na entrada do local? A tirar pelo espetáculo que eu assisti, totalmente compreensível.

E olha que para entrar a luta foi grande, não só pela fila que dava voltas infindáveis, mas pela desorganização do evento. Um número reduzido de seguranças não conseguiu controlar a multidão de mal educados que furaram a fila e transformaram algo que tinha tudo para ser tranqüilo em uma grande confusão.










Claro que quando a musa Beyonce subiu ao palco, todos os problemas se tornaram pequenos diante de tamanho furacão. Bastou uma música, crazy love, para ela perceber o quanto os brasileiros são loucamente apaixonados por ela.

Depois da primeira música, Beyonce fez uma pausa, acredito que para beber uma água, a arena inteira começou a gritar pelo nome dela, foi nesse momento que ela declarou que estava muito feliz de estar no Rio de Janeiro e que não existe lugar no mundo como o Brasil... Pronto, o HSBC veio a baixo.
Os momentos que se seguiram foram de pura emoção. Canções como Ave Maria e Listen arrancaram lágrimas da platéia, inclusive minhas. Como não se emocionar e não se envolver com hits como Single Ladies, Irreplaceable e a tão esperada Halo, música que homenageou o cantor Michael Jackson, que a cantora definiu como o seu herói.
Vou dizer aqui o que eu disse para os meus amigos no final do show. Cada gota de suor que eu perdi, cada lágrima que eu derramei, cada segundo que eu fiquei na fila, cada dia da minha vida que eu vou ter que trabalhar para pagar aquele ingresso, valeu a pena, e digo mais, se eu tivesse que fazer tudo de novo, eu faria.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A casa das 17 mulheres

Olá pessoal, bom, hoje eu vou falar da minha experiência morando na casa das 17 mulheres por mais de um ano.
É isso mesmo, vocês não entenderam errado, eu moro em uma casa com mais DEZESSEIS MOÇAS. Loucura, loucura, loucura...Mas tem seu lado bom, e claro, cômico.
È curioso como a gente se apega facilmente às pessoas, principalmente, quando você mora em uma cidade, como o Rio de Janeiro, longe da família e dos amigos, sendo assim, a república acaba virando a nossa nova casa e as moradoras, a nossa nova família, e como em qualquer situação semelhante a essa, sempre aparecem histórias hilárias, e é uma dessas histórias que eu vou contar agora.
Um belo dia, ou melhor, uma bela noite, eu resolvi ir dormir mais cedo, afinal eu teria que viajar para Friburgo, minha terra natal, na manhã seguinte, então fui para a cama aproveitando o fato da maioria das meninas terem ido para uma festa na UERJ. Mas o que tinha tudo para ser uma noite tranquila, acabou virando uma madrugada agitadíssima, com muitas camas trocadas, saidinhas rápidas, mulheres bêbadas, regada a muuuuuuuuuuuuuuuuito vômito.
Pois bem, por volta das nove da noite, eu fui dormir, algumas das minhas colegas de quarto já estavam saindo. Mas o sono só veio mesmo lá pelas tantas, algo próximo das dez e meia da noite.
Os próximos capítulos dessa história me foram narrados pela minha colega de quarto, Jane. Pelo que eu entendi, lá pelas duas da madrugada, a Jane estava na sala, virando mais uma noite para estudar, quando derrepente, não mais que derrepente, a porta se abre de forma nada delicada e eis que surge Camila, BÊBADA...não...TRÊBADA...Caindo pelas tabelas... Parece que ela estava chorando...Provavelmente um efeito da cachaça.
Então ela entrou, trocou de roupa e foi para o quarto dormir. Maíra, que dormia no mesmo quarto que a gente, acordou com a barulheira e foi para a sala conversar com a Jane. Trinta minutos depois, a Maíra voltou para o quarto e o que ela viu foi algo nada agradável. Eu explico, a Camila ficou um pouquinho enjoada. Quando ela se deu conta de que ia vomitar e não daria tempo de chegar no banheiro, detalhe, nessa época ela dormia na beliche de cima, ela simplesmente levantou e mirou na janela, mas, por uma questão de centímetros, ela acabou não sendo bem sucedida , e acertou a parede, uns fios, o chão e tudo mais. Nesse dia, eu tive certeza que Deus existe. Minha mochila estava em baixo da tal janela, mas graças a Deus, nada meu foi danificado.
Pois bem, diante de tamanha tragédia, Maíra saiu do quarto, contou pra Jane o ocorrido e as duas se puseram a pensar no que fazer.
Enquanto elas pensavam, eu dormia no quarto todo vomitado, correndo o risco de acordar e me lambuzar toda...Eca...Enfim, depois de muito pensar, as duas chegaram a conclusão de que não dava para dormir naquele quarto. Optou-se por me tirar de lá e limpar tudo no dia seguinte. Lembro bem que eu acordei ao som de frases como, “Carmen, acorda...”, “Não respira Carmen, não respira...”, “Não toca em nada”. Juro que eu pensei que a casa estava sendo assaltada, pegando fogo ou algo do tipo. Depois de acordar e entender o que estava acontecendo, vi que o único jeito era dormir em outro quarto que tivesse uma cama vaga. Foi o que eu fiz. Mas, a minha saga não terminou, aliás, ela estava só começando.
Uma hora depois, uma amiga me acorda e diz, “Carmen, acorda, algumas meninas que foram à festa na UERJ, não chegaram ainda, já está tudo fechado e tem muito pivete aí na porta”. Assim sendo, levantei, troquei de roupa e saí com uma amiga para procurar as ditas cujas. Graças a Deus, assim que cruzamos o portão, avistamos todas elas, vindo pra casa, daí demos meia volta e retornamos para o nosso animadíssimo lar. Quando eu cheguei, minha ilusão de que eu finalmente ia dormir foi por água a baixo, quando eu vi uma das moradoras da casa, sentada na porta, chorando com dor de ouvido. Como ela estava com uns amigos, não foi preciso que eu a acompanhasse até o hospital.
Resumo da ópera: Não sei ao certo quantas horas eu dormi naquela noite, não sei nem se foram horas ou apenas minutos. Mas eu aprendi preciosas lições.

* Lição número 1: Nunca misturar Cintra quente com Cantina da Serra....O efeito pode ser bombástico;

* Lição número 2: Se você estiver enjoada, não deite até o enjôo passar;

* Lição número 3: Nunca saia de casa em grupo e volte sozinha...É perigoso e tira o sono das amiguinhas.

* Lição número 4: Não saia da cama a menos que seja um terremoto ou algo do tipo. Se você sair, as chances de voltar são mínimas.

È isso galera...Espero que vocês tenham se divertido.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Poder do Monopólio

Definitivamente viajar de 1001 não é uma opção, é uma necessidade. Até porque não há nenhuma outra empresa responsável pelo transporte de passageiros do Rio de Janeiro para Nova Friburgo.
Para muitos a solução que a meu ver não é solução, seria fazer a tão falada baldiação, onde o passageiro pega um ônibus da Praça XV até Itaboraí, depois outro de Itaboraí até Cachoeiras de Macacu, outro de Cachoeiras até Nova Friburgo e no meu caso, outro do centro da cidade até a minha casa. Com certeza isso não é uma opção, não pelo preço que, aliás, sai muito mais em conta, mas pelo tempo e o esstresse que todo esse procedimento acarreta.
Mas os problemas em si são dois, o preço por demais elevado, e os atrasos constantes nas partidas dos ônibus. Ah, foi se o tempo em que dava para programar o horário de chegada, agora é rezar para não ter que esperar muito e agradecer se o ônibus que era para sair depois do seu, não chegar antes.
Tudo bem, é carnaval, mas isso não é um fato isolado, muito pelo contrário, é um problema corriqueiro que afeta único e exclusivamente os passageiros. Isso sem falar dos funcionários mal instruídos e mal educados, do pouco caso com os clientes, dos motoristas atrasados que compensam correndo estrada afora e das vidas inocentes em perigo.
Sinceramente, suportei enquanto pude, mas hoje foi a gota d´agua. Ver idosos, mulheres com bebês no colo, crianças, todos esperando algo que não vinha. È curioso dizer isso se tratando de um ônibus. A situação era tão absurda que quando questionados os próprios funcionários da empresa não sabiam ou não queriam falar a respeito. Apenas nos mandavam aguardar... Até quando?
Sinceramente, hoje, diante do tamanho caos que se abateu na rodoviária, me senti numa terra de ninguém, nunca tinha visto tanta falta de respeito e tão pouco caso com pessoas de bem.